Fundação Educacional de Duque de Caxias, Duque de Caxias

College & University

Fundação Educacional de Duque de Caxias
FEUDUC - Fundação Educacional de Duque de Caxias A Fundação Educacional Duque de Caxias, foi criada em 25 de setembro de 1968. Sua assembleia de fundação estabeleceu como objetivo central, a manutenção de estabelecimentos de ensino em todos os graus, especialmente em nível superior. Essa iniciativa, na época, representou um grande avanço para o município que carecia de quadros de formação superior, particularmente para o Magistério, e que se deparava com um crescimento populacional explosivo e desordenado e com as graves consequências sociais e urbanas derivadas desse fenômeno. A assembleia de fundação da FEUDUC reuniu expressivas lideranças do município, que formaram o grupo diretor na nova fundação na forma de um colegiado de fundadores e instituidores. Após pleitear, em junho de 1969, a instalação de uma Faculdade de Medicina e ver seu pedido ser negado, o corpo de instituidores da FEUDUC solicitou em agosto de 1969, junto ao Conselho Federal de Educação, a instalação de uma Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras; dedicada à formação para o Magistério. Esse pedido seria aprovado em abril de 1971, tendo a autorização de funcionamento oficializada pelo decreto nº 71.081, de 12 de setembro de 1972, criando a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Duque de Caxias – FFCLDC – mantida pela FEUDUC. No mesmo ano a Instituição solicitou ao INCRA a posse de uma área de 163.000 m², situada no atual Bairro de São Bento, no segundo distrito de Duque de Caxias. Essa área encontrava-se desocupada, desde a desativação, nos anos 60, do projeto de assentamento agrícola conhecido como “Núcleo Colonial São Bento”, que havia sido criado pelo governo de Getúlio Vargas, nos anos 30. A solicitação tinha como objetivo a instalação do campus universitário da FEUDUC. Depois de intensas negociações seria assinado em novembro de 1971 o termo de cessão provisória da área na sede do INCRA. Em 1973 tiveram início nas dependências do antigo Colégio Santa Luzia, localizado no bairro 25 de Agosto, as aulas dos cursos de Licenciatura em Estudos Sociais e Letras com duração de dois anos, designados então como de “curta duração”. Esses cursos foram definitivamente aprovados em 1974, pelos pareceres nº 4.086 e 4.093, e nesse mesmo ano, formaram-se as duas primeiras turmas da faculdade num total de 252 alunos graduados. Esses professores formados deram início ao processo de substituição, nas redes públicas e privadas dos professores leigos, que até então, exerciam nelas o Magistério. No final de 1974, as atividades acadêmicas foram transferidas para o primeiro prédio recém-inaugurado no novo campus situado no bairro de São Bento, segundo distrito do município de Duque de Caxias. Nesse mesmo ano a Faculdade foi autorizada a ministrar os mesmos cursos em Estudos Sociais e Letras, agora em termos da chamada na época Licenciatura Plena, formando assim professores para os antigos Primeiro e Segundo Graus, hoje Ensino Fundamental e Médio. O seu reconhecimento definitivo se deu com as publicações dos Decretos Federais nº 75384 e 79837 no Diário Oficial da União, respectivamente, nos anos de 1975 e 1977. A partir de então, a FEUDUC aprofundou e acelerou sua trajetória de formação dos quadros que atuaram e atuam no Magistério em Duque de Caxias e na Baixada Fluminense. Ao longo das décadas seguintes foram constituídos novos cursos de Graduação, como os de Letras com Habilitação Plena em Português e Literatura, Letras com Habilitação Plena em Português e Inglês e Estudos Sociais Habilitação Plena, já em 1975. O curso de Licenciatura em Biologia em 1986 e o de Licenciatura em Matemática em 1992. No ano de 2000, foi extinto o curso de Estudos Sociais, sendo substituído pelas Licenciaturas em História e Geografia, acompanhando o movimento de reabilitação da autonomia acadêmica dessas duas áreas de conhecimento que já se fazia presente em outras instituições de Ensino Superior. Em 2001 foi criado o curso de Sistema de Informação. Esses cursos de Graduação foram responsáveis, ao longo das últimas décadas, pela formação de cerca de 15.000 profissionais de Educação que integram as redes de Ensino Pública e Particular da Baixada Fluminense, representando aproximadamente, cerca de 70% de seus quadros. Acompanhando o avanço dos cursos e o aumento da oferta de vagas a área construída saltou dos 1.000m², relativos ao primeiro prédio, atual bloco B, construído em 1974, para atuais 20.000m² que abrangem um conjunto formado por três prédios de salas de aula, áreas de pesquisa, gerência acadêmica e administração, ginásio poliesportivo, áreas de circulação e lazer e espaços culturais. No campo da Pós-Graduação e da pesquisa, a atuação da Faculdade ganhou corpo com a criação em 1983 do Centro de Pós-Graduação, Especialização e Aperfeiçoamento (CEPEA) e em 1997 do Centro de Memória, Pesquisa e Documentação da História da Baixada Fluminense. O CEPEA organizou, aprovou e aplicou ao longo dos últimos anos os cursos de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Língua Portuguesa, História Social do Brasil, Geografia do Brasil, Complementos da Matemática Superior, Língua Inglesa, Microbiologia, Patologia e Análises Clínicas, Ciências Ambientes e Educação Especial com ênfase em Surdez. Ao longo desses anos formou cerca de 2.000 profissionais e produziu centenas de monografias e artigos sobre temáticas relativas às suas áreas de atuação. Atualmente os cursos oferecidos pelo CEPEA são os de História Social da Baixada Fluminense, Educação Matemática, Ensino da Língua Inglesa: Mediação e Uso de Tecnologias, Língua Portuguesa em Hipertexto, Geografia e Meio Ambiente, Turismo e Patrimônio Local e Regional, Gestão Ambiental, Território e Conflito, Ciências Sociais e Religião, História da África, Literatura Brasileira através do Cinema e Modelagem e Implementação de Banco de Dados Relacional. No campo da pesquisa, a atuação do CEMPEDOCH-BF apresentou-se original e potente. O Centro dedicou-se ao estudo da Baixada Fluminense, tendo construído um extenso acervo formado por documentos originais, imagens e textos produzidos a partir de pesquisas sobre a História da região e dos municípios que a compõem. Destaque para a linha de pesquisa “História dos Bairros” que ao longo desses anos produziu centenas de monografias sobre os bairros e logradouros, investigando e revelando a origem fundiária dos mesmos e a seu processo de formação histórica. Parte desse acervo, encontra-se sobre a guarda provisória do Centro de Referência Patrimonial e Histórico da Baixada Fluminense (CRPH), órgão de pesquisa regional que administra o Museu Vivo do São Bento, museu de percurso e eco museu que abrange o bairro do São Bento e adjacências, em cuja lógica territorial e museológica o território da FEUDUC também se integra devido a presença em sua propriedade do imóvel de reconhecido valor patrimonial conhecido como “Casa do Administrador”, que no passado serviu a administração do “Núcleo Colonial São Bento” e que hoje abriga setores de pesquisa e guarda de acervo da Instituição. Outra parte está sob a guarda da APPH-CLIO, Associação de Professores e Pesquisadores de História CLIO, que foi criada na década de 90, e é formada majoritariamente por ex-alunos do curso de História da FEUDUC, atualmente professores e pesquisadores, que dedicaram-se e ainda se dedicam à pesquisa da História Local e Regional e à sua divulgação através de eventos, exposições e publicações, assim como a defesa da inclusão desses temas nos currículos escolares das redes públicas e privadas da região. OS NOVOS TEMPOS E A NOVA FEUDUC Em Junho de 2012 uma nova gestão deu início a um severo programa de reestruturação da FEUDUC que já apresenta resultados expressivos. Como resultado de seus dois últimos vestibulares o número de alunos da Graduação alcança hoje a casa de 600, a reabertura do Colégio de Aplicação está em curso com a matrícula de novos alunos no sexto ano do Ensino Fundamental e do primeiro ano do Ensino Médio e a dinamização da Pós-Graduação caminha a largos passos com a oferta de novos cursos “Lato Sensu” . Além disso, as dependências físicas que se encontravam muito degradadas estão sendo rapidamente recuperadas. A FEUDUC ainda cumpre, como sempre cumpriu, papel central na formação dos quadros do Magistério na Baixada Fluminense e regiões circunvizinhas como a Serrana e a Zona da Leopoldina no Rio de Janeiro. Seu legado foi, e continua sendo o da formação qualificada de professores que ingressam as redes públicas e privadas de ensino. Esses profissionais, além de atuarem em sala de aula têm se destacado também em cargos de gestão ligados ao Magistério e nas diversas esferas da vida pública municipal e estadual. Essa relevância só demonstra o grau de importância e capilaridade do papel da FEUDUC como Instituição formadora de quadros qualificados para a Baixada Fluminense e para além dela. Nas últimas quatro décadas a FEUDUC só fez aprofundar sua enorme função social. Seus alunos oriundos, majoritariamente, dos segmentos socioeconômicos C, D e E são homens e mulheres simples que alcançam sua ascensão social a partir da qualificada formação que recebem. São pedreiros, vigias, comerciários, donas de casa, domésticas, operários, motoristas, feirantes, vendedores e outros trabalhadores diversos e filhos desses mesmos trabalhadores que tem se transformado em respeitados professores e pesquisadores de renome nacional e internacional. E é esse rico diálogo entre a condição social de seus quadros e o saber acadêmico que a Instituição vincula que produz o que ela tem de mais valioso: uma poderosa leitura intelectual crítica da sociedade e da cultura brasileira como um todo e da Baixada Fluminense, em particular, construída por atores sociais que conduzem o processo de construção da sociedade através do trabalho e que, ao mesmo tempo, são os que mais sofrem das mazelas geradas pela arquitetura socioeconômica desigual do mundo em que vivem. Essa condição especial de produção do conhecimento na práxis tem se materializado nas produções acadêmicas construídas pelos alunos e professores da FEUDUC em todos os seus campos de atuação e também na ação cidadã, através da qual, vários desses profissionais e futuros profissionais conduzem suas práticas cotidianas e sua atuação política. A FEUDUC tem estado em todos os recantos da Baixada Fluminense porque transcende seu tamanho meramente físico. Ela é representada em todos os lugares por àqueles que aqui estiveram e que aqui obtiveram sua formação profissional e humanística. Esses homens e mulheres sabem que são devedores da Instituição, pois através da formação obtida ascenderam socialmente melhorando suas vidas e de suas famílias. Mas também sabem que foram, e que ainda, são protagonistas de sua construção e de uma identidade institucional que é muito mais do que mera formadora de quadros tecnicamente competentes em Educação. Por isso, confundem-se com ela, levando-a orgulhosamente por suas vidas através de suas experiências pessoais e suas trajetórias profissionais. Esse “coletivo feuduquiano” tem lutado, ao longo desses anos, celebrando suas vitórias e enfrentando seus problemas, empenhando-se firmemente em continuar a verdadeira obra da Instituição que é formação de trabalhadores da Educação que sejam profundamente competentes, mas que acima de tudo assumam um compromisso pela luta em prol por um mundo mais digno e justo através da poderosa alavanca de mudança que a Educação qualificada e comprometida pode oferecer ao ser humano e através dele a toda a sociedade. Agora em seu novo momento, dirigida por trabalhadores, muitos dos quais oriundos dela mesma, a FEUDUC encara o que virá. Reconstroi o que foi destruído refletindo sobre o que foi realizado. Não despreza as experiências anteriores, mas a partir delas, com seus erros e acertos, busca construir novas concepções. Propõe, nesse novo momento, um aprofundamento do diálogo entre o saber acadêmico com os saberes tradicionais, com a cultura popular e com a potência dos movimentos sociais. Propõe também a intensificação de sua vocação comunitária alargando todos os canais necessários para uma gestão democrática participativa e para um diálogo com intenso com os atores institucionais, sociais, culturais e políticos da Baixada Fluminense, no estado e no país. Não são muitas, na Baixada Fluminense, as instituições com o papel de instrumento de formação com tamanha capilaridade como é a FEUDUC. E são enormes as suas possibilidades de protagonizar uma Educação verdadeiramente popular. Sua experiência é vasta, seus novos quadros são comprometidos com essa bandeira e seus alunos são o próprio povo da Baixada Fluminense. Mesmo os problemas que enfrentou e que enfrenta são desafios estimuladores de sua reinvenção como veículo de transformação social. Assim sendo, estamos diante de possibilidades e desafios imensos. Existe muito que refazer e mais ainda o que construir. Entre as enormes tarefas a realizar podemos listar como imediatas: A recuperação de todas as dependências físicas e equipamentos da Instituição, assim como a regularização da suas instâncias burocráticas e de suas ações administrativas. A ampliação do número de alunos da Instituição através do ingresso de novos alunos de Graduação, de alunos da Pós-Graduação e do Colégio de Aplicação. A criação de programas paralelos para o aprofundamento da formação para os atuais alunos e para os ex-alunos da Instituição. A criação da Associação de Ex-alunos da FEUDUC. O fortalecimento das instâncias de representação do corpo discente como o D.C.E, os Centros Acadêmicos dos Cursos e o Conselho de Representantes. A construção conjunta do PDI, Plano de Desenvolvimento Institucional, para os anos de 2013 a 2018, que irá nortear as ações da Instituição ao longo desses anos e sua futura caminhada para a consolidação da mesma como Centro Universitário em 2017. Feuduquianos, atrás de nós está o porto da História e diante de nós o horizonte de um Futuro a ser alcançado. Cabe termos a competência e a coragem de cruzar esse oceano. Mãos à obra, então. Sejamos protagonistas dessa viajem. Chegou a hora de que, na FEUDUC, os trabalhadores possam formar trabalhadores. ANTONIO AUGUSTO BRAZ DIRETOR ACADÊMICO (NOVA FEUDUC) FEVEREIRO DE 2013

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